Uma das situações mais desagradáveis na convivência com um automóvel é quando se percebe que ele não liga na hora em que mais se precisa dele. Se o problema for a bateria, é possível observar alguns sintomas no seu carro. Confira abaixo os cinco principais indícios de que chegou a hora de trocar a unidade de energia do seu veículo, antes que ela te deixe na mão.
1º sinal: dificuldade na hora da partida
O momento da partida é o que mais exige da bateria, pois é quando toda a eletricidade contida nela é direcionada para movimentar o motor de arranque, uma peça que fica acoplada ao motor tradicional para fazer os pistões girarem. Essa é a hora mais delicada porque a bateria depende apenas dela para fazer todas as peças girarem. Após a partida, entra em cena o alternador, que “retira” um pouco da energia do motor para recarregar a bateria e para enviar eletricidade para outros periféricos do carro, como luzes e equipamentos eletrônicos. De acordo com Alexandre Dias, proprietário do Guia Norte Auto Center, “a dificuldade para dar a partida ou até a falta dela é um grande indicativo de que a bateria já não tem mais carga”.
2º sinal: luzes fracas
Outro sinal de fim de vida da bateria é a intensidade mais baixa de lâmpadas dos faróis, lanternas, painel de instrumentos e das luzes que iluminam a cabine. Fica ainda mais evidente quando elas são halógenas, pois lâmpadas com filamentos demonstram com maior evidência quando há uma alteração de voltagem.
Para saber se isso está acontecendo, basta colocar a frente do carro contra uma parede e acelerar. Se o facho ficar mais forte, é sinal de que a bateria já não está mais segurando a carga que deveria. Outro sinal que jamais deve ser ignorado é o acendimento de alerta da bateria nos mostradores. Caso isso ocorra, procure a sua oficina de confiança o mais rápido possível.
3º sinal: equipamentos falhando
De acordo com Marco Moretta, diretor da Point S, “na hora de subir o vidro elétrico é preciso observar se a velocidade com que ele sobe é a mesma de antes, quando a bateria estava nova. Esses sintomas vão aumentando aos poucos e, com o dia a dia, fica mais difícil essa percepção, mas ela é importante”. Assim, ao verificar que equipamentos falham ou que o motor elétrico do vidro já não tem mais tanta agilidade para fechar, é hora de procurar um centro automotivo para checar a bateria. “Se perceber falhas ou mau funcionamento de alguns equipamentos, como ar-condicionado, vidros elétricos ou sistema de som, desconfie da bateria”, orientou Dias, do Guia Norte.
4º sinal: presença de zinabre
Por conta de reações químicas, que são as responsáveis por prover a eletricidade da unidade de armazenamento de energia, existe um efeito colateral que não pode ser ignorado com o tempo: a formação de zinabre, uma espécie de ácido com aspecto esverdeado que se deposita nos polos da bateria conforme o tempo de uso. Ele pode indicar, inclusive, se a bateria já está com os dias contados. É uma reação natural da maioria das unidades de armazenamento compostas por chumbo-ácido, que são as mais comuns no mercado. O excesso de zinabre pode, inclusive, prejudicar a passagem de eletricidade de um polo para o outro. O acúmulo dessa sujeira pode desconectar os cabos dos terminais.
5º sinal: idade da bateria
“Antigamente, as baterias duravam mais porque os carros tinham menos equipamentos eletrônicos embarcados. Hoje, com tantos sensores e eletrônicos, é comum que a idade média da bateria gire em torno de 3 a 5 anos”, alertou Marco Moretta, diretor-geral da Point S Brasil. Por isso, após três anos, vale ficar de olho nos outros quatro sinais apresentados nesta reportagem. De acordo com o executivo da Point S, há um escâner que consegue verificar exatamente a quantia de energia que ela ainda é capaz de segurar. Assim, vale a pena procurar uma oficina mecânica que consiga emitir um laudo antes de fazer a substituição da unidade de energia.