Conquistando o público brasileiro por seu conjunto equilibrado entre design, tecnologia, conforto e segurança, o novo Chevrolet Cruze enfrenta seus principais rivais: o Toyota Corolla Altis, lançado em 2014 (e que será reestilizado neste mês de março) e o Honda Civic em sua décima geração.
O Corolla parece ter o dobro da idade que realmente possui. Por dentro é evidente que não é um carro moderno. Ao Corolla faltam controle eletrônico de estabilidade, sensor de estacionamento, sensor de chuva, assistente de partida em rampa, e passa longe de dispositivos mais sofisticados como os alertas de colisão, de pontos cegos e de mudança involuntária de faixa, presentes no Cruze.
A central multimídia do Corolla é a dona da menor tela entre os 3 carros e não tem compatibilidade com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay como as outras. Se o Corolla custasse mais barato que os concorrentes, seria injusto reclamar. Mas é o contrário: o Toyota é o mais caro de todos – e seu preço vai ficar ainda mais alto após a reestilização este mês. Na pista de testes da revista Quatro Rodas, seu desempenho foi apenas mediano, saindo-se mal nas frenagens.
Já o Honda Civic, no que diz respeito aos equipamentos, não é tão bem servido quanto o Cruze. Além disso, o motor 2.0 já equipava o Civic antigo. O estilo requer tempo para ser decifrado: parece um tanto quanto recortado demais. E o acabamento interno decepciona para um modelo tão caro.
E o Cruze tem como ponto forte a relação custo benefício. Na versão top de linha LTZ, ele conta com sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, faróis automáticos adaptativos, retrovisores elétricos aquecidos, sensor de pressão nos pneus e sistema de atendimento OnStar, entre os recursos exclusivos, ou seja, que não estão disponíveis nos rivais nem opcionalmente.
Na configuração completa, há ainda sensor de aproximação do veículo à frente, sistema de estacionamento automático, alerta de pontos cegos, alerta demudança involuntária de faixa, sensor de chuva, sistema start/stop e sistema de partida remota, entre outros itens. Mas o Cruze oferece bem mais.
O motor 1.4 Turbo com injeção direta é o que mais gera torque do comparativo, entregando essa força (e potência) em rotações mais baixas. Graças a ele, o Cruze apresentou o melhor rendimento, na pista de testes, superando os demais nas provas de desempenho e nas medições de consumo rodoviário.
No comportamento, o Chevrolet também se revelou bem resolvido, alcançando o melhor compromisso entre conforto e dirigibilidade. Portanto, o Cruze se saiu melhor na comparação porque superou os rivais com folga, e ao Civic faltou um pouco mais de conteúdo. E o Corolla se mostrou em desvantagem.