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A chegada de cada vez mais opções de automóveis elétricos está causando um problema: os consumidores não querem comprar veículos elétricos usados. Isso vem atrapalhando o mercado de veículos elétricos novos tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. No mercado de segunda mão, os preços dos carros elétricos estão caindo mais rapidamente do que os de veículos com motor a combustão. Os compradores evitam comprá-los por conta da falta de subsídios governamentais, do desejo de esperar por uma tecnologia mais moderna (que garanta maior autonomia e menor tempo de recarga) e da infraestrutura de carregamento que ainda precisa melhorar.

Uma guerra de preços desencadeada pela Tesla e por marcas de automóveis chineses fez com que os valores dos automóveis novos e usados tivessem que ser revistos, ameaçando a rentabilidade das montadoras mais tradicionais. Na Europa, onde a maioria dos veículos novos é comercializada por meio de leasing, os fabricantes de automóveis e as concessionárias que financiam essas transações tentam recuperar as perdas com a queda acentuada de preços aumentando os custos dos empréstimos.

A Volkswagen e a Renault estão desenvolvendo modelos que custam 25 mil euros ou menos. No ano de 2024, prevê-se que muitos dos 1,2 milhão de veículos elétricos vendidos em 2021 terão os seus contratos de leasing de três anos reincididos, e entrarão no mercado de veículos de segunda mão. Subsídios lucrativos transformaram a China num gigante dos veículos elétricos, mas também produziram cemitérios de veículos elétricos abandonados. Movimentos semelhantes na Europa ou nos Estados Unidos podem reforçar os apelos dos políticos conservadores para reverter a ajuda à indústria de veículos elétricos, especialmente com a proximidade de eleições importantes nos EUA e na Europa em 2024.

Os preços dos veículos elétricos usados caíram cerca de um terço no ano até outubro, em comparação com uma queda de apenas 5% no mercado global de usados, de acordo com dados de vendas do iSeeCars.com, website que classifica automóveis e concessionárias. Na prática, observa-se que os veículos elétricos usados demoram mais para serem vendidos do que os modelos a gasolina, mesmo após reduções significativas de preços.

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