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Atenção: o golpe da “falsa pane mecânica” está se tornando cada vez mais comum no Brasil. O motorista é abordado no trânsito pelo condutor de outro veículo, que alerta para um suposto problema no automóvel, dizendo que o motor está soltando fumaça ou até faíscas. Normalmente, a primeira reação do motorista abordado é de parar o carro, para verificar o que está acontecendo. Nesse momento, quem avisou sobre o falso problema diz que é mecânico ou recomenda um “profissional”, que se dispõe a ajudar e pede para abrir o capô. Até aquele momento, não existe nenhuma falha no veículo. Ao abrir o capô e ter acesso ao motor e outros componentes, o problema é criado, geralmente desconectando algum cabo ou componente para fazer o propulsor falhar e perder força.

Em muitos casos, a sabotagem faz com que alguma luz de advertência se acenda no quadro de instrumentos, o que dá maior sensação de veracidade a este golpe. Nesse momento, é oferecido o reparo do veículo, mediante a suposta troca de uma peça, que na verdade nem é trocada. Mesmo assim, o falso serviço é cobrado, e a conta pode sair bem salgada.

A jornalista Tatiana Carvalho e seu pai foram vítimas deste golpe. Ela relata que, há cerca de uma semana, os dois retornavam do Rio de Janeiro em direção à São Paulo, capital, no carro da família, na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), quando ouviram um estouro e um motociclista fez sinal. “Logo depois, [ouvimos] outro barulho e um [Chevrolet] Onix passou, indicando para pararmos. Foi o que fizemos. O motorista desceu e disse que viu fumaça e faísca saindo do motor do carro do meu pai. Pediu para abrirmos o capô, olhou, mexeu um pouco e disse que estava com problema em uma peça X. Falou que, por coincidência, trabalhava em uma distribuidora da Honda e que poderíamos ir com ele até o local para fazer a troca”, relatou. Ela conta que tentaram seguir o condutor do Onix, que estava acompanhado por um suposto colega de trabalho, mas o Honda onde estava a jornalista começou a perder potência.

“[O homem que] estava nos ‘ajudando’ disse que deixaria o companheiro dele com a gente e iria até o tal lugar buscar a peça. Em menos de dez minutos estava de volta e o mecânico parceiro dele ‘trocou’ a peça. Apresentou o recibo e falou que meu pai poderia pagar por Pix”, continua. O valor do componente, incluindo a mão de obra, seria de aproximadamente R$ 2,2 mil. O pai da jornalista, porém, convidou a dupla de criminosos a acompanhá-lo até uma oficina autorizada da Honda antes de efetuar o pagamento, pois o defeito ainda persistia e a luz da injeção eletrônica estava acesa no painel. No caminho até a autorizada, os dois bandidos desistiram de seguir caminho e desapareceram. Já na concessionária, após o carro ser inspecionado, Tatiana e seu pai foram informados de que nenhuma peça tinha sido substituída. “Não trocaram nada. Provavelmente só desconectaram um cabo quando abrimos o capô, ainda na Dutra, e reconectaram quando fingiram trocar a tal peça. Resultado: zero reais de prejuízo financeiro, mas prejuízo psicológico enorme. Nós [tivemos] alguma sorte, mas muita gente cai no golpe. Cuidado”, postou a jornalista.

Saiba como se prevenir do novo golpe:

  • Não aceite a ajuda de estranhos e desconfie se a pessoa insistir em ajudar: isso pode indicar que se trata de um golpista em potencial. Prefira acionar o socorro de sua seguradora ou busque o atendimento de uma oficina ou de um profissional de confiança
  • Nunca forneça seus dados pessoais a terceiros, como RG, CPF, endereço e dados bancários, e nem senha do cartão de crédito ou número da conta
  • Mantenha todas as revisões do seu veículo em dia, para se certificar de que ele está bem conservado e com menos risco de problemas mecânicos

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