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O conceituado site AutoPapo, de autoria do jornalista e piloto Bóris Feldman, concedeu ao novo Toyota Corolla Cross um título nem um pouco honroso: o Prêmio Pinóquio do Ano 2021, por conta de uma série de modificações que a Toyota do Brasil efetuou no SUV para que seu custo de produção ficasse menor, enquanto cobra caro pelo carro aos consumidores, reajustando o preço do modelo diversas vezes ao longo do ano, fatores que já levaram o Corolla a ser apelidado de “Cross Credo”.

Inicialmente, a Toyota do Brasil simplificou o conjunto de suspensão do Corolla Cross, que, ao invés do esquema multi-link independente, adota um eixo de torção na parte traseira. Além disso, diferentemente do seu homônimo vendido nos Estados Unidos, o Corolla Cross brasileiro não possui opção de tração nas quatro rodas e sua altura em relação ao solo é baixa demais para um legítimo SUV, por ser levantado em apenas 1,3 centímetro em relação ao sedã.

A Toyota também simplificou o freio de estacionamento do Corolla Cross, adotando um inconveniente pedal no canto esquerdo, ao estilo de algumas picapes e utilitários dos anos 1990, que exige força para ser liberado ou travado. No seu rival Volkswagen Taos, o freio de estacionamento é elétrico, acionado ao toque de um botão e muito mais cômodo para o motorista.

Além disso, o acabamento interno do Corolla Cross chega a ser tosco. No console central, dentro do apoio de braço, um pedaço de borracha solto tenta encobrir dois grandes parafusos de fixação do plástico. Ademais, o painel é feito em plástico duro.

Externamente, o Corolla Cross virou motivo de piada por conta da posição de seu abafador na ponta do escapamento, totalmente visível por qualquer ângulo traseiro, que chega a lembrar uma embalagem de marmita e desagradou até mesmo a proprietários do modelo, que recorrem a adaptações para esconder a peça.

A engenharia da Toyota foi incapaz de dar ao SUV um porta-malas (440 litros) maior que o do Corolla sedã (470 litros), fator que prejudica as famílias em longas viagens.

Como se pode observar, houve a máxima economia no projeto acompanhada da máxima rentabilidade no produto, já que a Toyota aumentou em R$ 20.000,00 o preço do Cross em relação ao sedã.

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