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A CPI das Seguradoras da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, que apura irregularidades na substituição de peças em carros acidentados, está perto de concluir o relatório final que será votado no início do mês que vem. O trabalho, em conjunto com a Polícia Civil e o Procon, descobriu que uma das oficinas investigadas estava instalando peças não homologadas pelas montadoras em um veículo oficial do estado.

Os peritos registraram fotos de um furgão da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Este carro havia sido atingido por um caminhão na BR-290 no ano passado. Segundo o auto de infração do Procon, peças como a lanterna traseira direita e esquerda, portas traseiras, capô dianteiro e faróis não são peças de reposição originais, e não têm autorização do consumidor para que sejam utilizadas. A polícia abriu um inquérito.

“Algumas peças que estavam montadas neste carro, até o presente momento, não foram apresentadas notas fiscais comprovando a origem lícita dessas mercadorias. Peças inclusive retificadas, já utilizadas. É muito grave. É um veículo público, patrimônio público”, afirma o delegado Rafael Liedtke, titular da Delegacia Especializada na Defesa do Consumidor. Documentos em poder da CPI mostram que a seguradora autorizou a compra de peças homologadas pela montadora, totalizando mais de R$ 57 mil.

O proprietário não foi trabalhar porque alegou estar com problemas de saúde. Um funcionário informou que tudo que está sendo feito no veículo é de conhecimento da seguradora e do proprietário. A CPI investiga outras 50 denúncias. Donos de oficinas que aceitaram falar para a Comissão Parlamentar de Inquérito dizem que passaram a sofrer represálias e não recebem mais carros encaminhados pelas seguradoras para conserto.

A empresária Maria Veroní Correa Ferreira, dona de uma oficina de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, afirmou que por causa da queda no movimento teve que demitir mais de 10 funcionários. “Há um risco grande de ter que fechar. Se continuar assim, como está esse desvio de clientela da oficina, a gente fecha, não tem como sobreviver, infelizmente”, explica.

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